quarta-feira, 27 de abril de 2011

O AMOR


 
Eu não sabia o que era o amor até você nascer dentro de mim.
Minhas ideias em relação ao amor não eram reais, eram fictícias
Mas, de repente, senti um coração batendo
Ainda, mais de repente, me descobri amando alguém que eu nem conhecia
Amando um ser pequenino cujo o rosto eu não sabia como era
E quando você, então, veio ao mundo e abriu os olhos,
Eu entendi o que era o amor
Eu entendi porque eu te amava
Nossos olhos se encontravam e não precisavamos de palavras
Nos entendiamos no olhar
E cada vez que eu te abraçava, tinha certeza que aquele era o máximo de amor que eu podia sentir.
Era engano.
A cada acordar eu te amava mais, eu te queria ainda mais bem, você me fazia ainda mais feliz.
Foi só quando você nasceu, Mateus, que eu entendi o amor que une uma mãe a um filho
E descobri que sem você a minha vida era um hiato, uma lacuna a ser preenchida pelo sentimento mais belo e forte do mundo: o amor.
E você preencheu, deu sentido a minha vida e me ensinou que amar se aprende amando.

domingo, 4 de janeiro de 2009

Amigos

Não escolho meus amigos por raça, cor, credo ou religião.
Não escolho meus amigos por classe social, econômica ou política.
Não escolho meus amigos pelo que vestem, consomem, comem.
Não escolho meus amigos por localidade geográfica, profissão ou formação acadêmica.

Tenho amigos homens, mulheres, crianças, velhos
Amigos de esquerda, de direita, pretos, brancos, mulatos
Tenho amigos pobres, ricos, doutores, mestres, estudantes, professores, desempregados
Amigos do candomblé, protestantes, ateus, católicos

Não os escolho pelo gosto musical ou pelo que lêem
Não os escolho por estatura, forma física, estado civil ou opção sexual
Não os escolho por saber onde freqüentam ou se gostam de dançar
Não os escolho pelo idioma que falam ou pelos que filhos que têm – ou não têm

Tenho amigo, hetero, gay, bi
Amigo pagodeiro, rockeiro, forrozeiro e intelectual
Tenho amigo europeu, baiano, paulista, carioca, pernambucano, brasiliense: brasileiro
Amigos que falam inglês outros que estão aprendendo português

Tenho amigos casados, solteiros, viúvos, divorciados
Com poucos filhos, muitos filhos, nenhum filho
Amigos que criam bichos, que dançam a noite inteira
Que vão a restaurantes requintados e que comem um PF no “cai duro”

Tenho amigos que andam de ônibus, de carro, a pé
Amigos que viajam o mundo e outros que não saem de suas casas
Tenho amigos que bebem, ficam de porre e outros sóbrios
Tenho muitos amigos

Escolho meus amigos pelo olhar, pelo caráter, por serem honestos
Escolho meus amigos pela cor da alma e pelo estado de felicidade
Escolho meus amigos nos momentos de comemoração e de profunda tristeza
Escolho os por estarem comigo, apesar da distância, apesar do pouco tempo

Aliás, amigos não se escolhem
Amigos se encontram.
Amigos se conhecem pelo olhar
Amigos superam as ausências

Amigos não batem cartão, mas estão prontos para qualquer emergência
Amigos de verdade se entendem no silêncio, no riso, no choro, na euforia e no desespero
Amigos de verdade não precisam de CPF, RG ou nenhum tipo de consulta a nenhum órgão
Amigo se amam pelo simples fato de ser amigo

E ser amigo é respeitar o outro nas diferenças, esquisitices ou normalidades
Ser amigo é amar pelas similaridades e ausência delas
Ser amigo é gostar do outro mesmo não gostando do que outro gosta
Ser amigo é superar qualquer divergência de opinião, mesmo com uma boa discussão

Amigo opina, aconselha, mete-se na vida alheia
Amigo não pede permissão para preocupar-se, sofrer junto ou gargalhar de alegria
Amigo comemora antecipado, angustia-se precipitado
Amigo não tem manual, receita ou bula

Amigo ou se é ou não é
Ou se tem ou não tem
Não existe amigo pela metade
Não existe amizade proporcional.

Por Camila Santana

Começo

Na vida sempre há coisas que se deseja fazer e não se faz. Ou por falta de oportunidade, ou por dúvida, ou por esperar o momento certo - que ás vezes não chega -, ou pelo medo do fracasso, dentre outros milhares de motivos e possibilidades.
Eu, por exemplo, queria ter feito algumas coisas que não fiz. Dessas coisas, algumas ainda desejo fazer. Outras, acho que não dá mais.
Alguns destes desejos sempre foram ocultos, até para mim, ás vezes. O que isso significa? Eram desejos escondidos, que meu cérebro teimava em não assumir, não acreditar.
Um destes desejos é o de publicar o que escrevo, meus poemas, minhas poesias, meus contos. Adoro escrever. Mas acho que minha auto-estima não é alta, pois tenho medo, embora goste do que escrevo. Paradoxal, sei. Estou buscando uma estratégia para este desejo tornar-se real.

P.S. tudo que aqui está escrito é autoral, produzido por mim e os direitos estão todos reservados. Pode utilizar, mas apresentando a fonte.